quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Encerramento das inscrições e cronograma.

As inscrições para o curso foram encerradas as 23:59 do dia 04/02.
Agradecemos a todas e todos inscritas. Lembramos que o caderno de textos está disponível para leitura AQUI.
O cronograma da formação está disponível abaixo:

Sábado

8:00 - Credenciamento
9:00 - Abertura (A Internacional)
Módulo 1 - A particularidade do capitalismo Brasileiro (90 mins)
10:30 - Debate (60 mins)
12h - Almoço
14:30 - Módulo 2 - Organização popular no Brasil: entre a autonomia e a tutela do Estado. (90 mins)
16:00 - Debate (60 mins)
18:00 - Jantar
19:00 - Rap com Holocausto Cotidiano

Domingo


9:00 - O programa burguês para o Brasil - Crítica ao modelo de reforma agrária e educacional do Banco Mundial. (90 mins)
10:30 - Debate (60 mins)
11:30 - Encerramento
12:00 - Almoço

Estamos enviando emails a todos os que tiveram as inscrições submetidas informando o cronograma e mais informações. Infelizmente devido a grande demanda algumas poucas inscrições não foram admitidas pelo espaço não comportar todos os inscritos.

Aos companheiros e companheiras que vem de outras cidades e estados, solicitamos que tragam colchonete para o alojamento. O mesmo estará disponível desde as 18h da sexta feira (06/02).

As 18:30 da sexta, também no DCE teremos um importante debate sobre a revolução social em Kobane no norte da Síria. Convidamos todas e todos inscritas ou não a participar deste importante debate que atualiza o debate sobre a iminência das revoluções sociais.

"AVANTE CAMARADA AVANTE
JUNTA TU A NOSSA VOZ!
AVANTE CAMARADA, AVANTE CAMARADA
QUE O SOL BRILHARÁ PRA TODOS NÓS!"

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Curso de Realidade Brasileira - Encerramento das inscrições.

Informamos que as inscrições para participação no Curso de Realidade Brasileira irá até o dia 04/02 onde após esta data estará encerrado.

A função da inscrição é organizar a estrutura necessária para todos os que se farão presentes com ou sem alojamento e inscrição. Faça sua inscrição AQUI.

O pagamento da taxa de inscrição com alimentação deverá ser pago até quinta feira, dia 05/02. Guarde o comprovante para apresentação durante o curso.

Lembramos também da importância da leitura prévia do caderno de textos que dará subsidio teórico a nossa formação política. 

AVANTE CAMARADA, AVANTE,
JUNTA TU A NOSSA VOZ,
AVANTE CAMARADA, AVANTE CAMARADA
QUE O SOL BRILHARÁ PARA TODOS NÓS!





quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Formação Política "Realidade Brasileira"

       O Fórum de Oposições pela Base - FOB, seção Ceará, promoverá nos dias 07 e 08 de Fevereiro a formação política "Realidade Brasileira". As inscrições serão feitas através do preenchimento do formulário, todos os inscritos receberão a confirmação da inscrição. Os textos base para a formação já estão disponíveis na Xerox do Marcelo na Faculdade de Educação da UFC, na pasta "curso de realidade brasileira" e disponivel também para download e impressão neste link.

Ficha de Inscrição AQUI!



Teremos alojamento para os 2 dias de encontro, os organizadores orçaram a alimentação no valor de R$ 15,00. Valor este que está sendo cobrado daqueles que escolherem ter a alimentação garantida pelo evento, o valor poderá ser depositado na conta:

Ana Cristina M Oliveira
Bradesco
Agência: 0713-7
Conta Corrente: 0500474-8 

Mais informações: oposicaoufc@gmail. com | facebook.com/oposicaoocc | oposicaocc.blogspot.com


AVANTE COMPANHEIR@S!

sábado, 24 de maio de 2014

TRINCHEIRA ESTUDANTIL Nº 5 - QUEM TEM MEDO DO POVO? ORGANIZAR A JUVENTUDE FAVELADA DE FORTALEZA!



QUEM TEM MEDO DO POVO? ORGANIZAR A JUVENTUDE FAVELADA DE FORTALEZA!
Eu não vou, fazer do sofrimento mentira
Gozar o sucesso das rádios cantando pornografia
Meu rap não vai ser trilha sonora pros boy
Vai ser revolução pra quem não tem voz
Aqui os milhão não corrompe o objetivo é um só
Vê favelado assinando diploma e não B.O.
Quem é que vai cantar a dor que nóis sente?
Quem é que vai sangrar na linha de frente?
Quem é que vai somar fortalecer a corrente?
Se não for nóis por nóis quem é que vai ser pela gente?
Facção Central – Nós por Nós

A FAVELA NA LUTA
  No levante de Junho do ano passado novos atores entraram em cena. A juventude marginalizada foi protagonista de um processo que marcou o início de um novo ciclo de lutas no Brasil. O principal elemento é que esse setor, em boa parte de favela, como na batalha da serrinha, rompeu o cerco dos atos pacifistas do reformismo.
  Do ano passado para cá, esse ciclo permaneceu entre fluxos e refluxos e foi incorporado a luta de diversas categorias integradas, que se utilizando dos métodos combativos da juventude proletarizada, combateu a burguesia e as direções pelegas (foi sintomática a greve da Comperj que tocou fogo no carro de som do próprio sindicato traidor).
Esse novo ciclo combativa da luta de classes, deixou os reformistas (governistas e para-governistas) atônitos, que não dirigindo a luta popular que se iniciava recorreram ora a calunias (de que o movimento era de “direita”) ora a criminalização “chega de Black Blocs”.
   Nesse cenário de lutas por fora da esfera reformista, estruturas mais flexíveis coordenaram as lutas, em São Paulo o MPL, no Rio a FIP, em Goiás o Fórum contra o aumento de Passagem, e em Fortaleza não foi diferente, pois o espaço mais importante de mobilização dos estudantes relacionados a mobilidade urbana foi o Fórum Permanente Pelo Passe Livre/FPL.
  Fortaleza é a sétima cidade mais violenta do mundo, a segunda mais violenta do Brasil e a cidade mais violenta dentre as cidades-sedes da Copa do Mundo. É também a quinta cidade mais desigual do planeta. Nossa capital, segundo dados do IBGE, possui quase 400.000 pessoas vivendo em favelas. O crescimento exponencial da violência, das favelas e da densidade demográfica em Fortaleza é um fato ainda muito recente, e é preciso uma análise detida para compreender esses novos fenômenos, afim de que não caiamos em avaliações apressadas e preconceituosas.
  É a partir desse cenário de 1) Protagonismo da luta da juventude marginalizada em manifestações de rua no Brasil; 2) Consolidação de espaços flexíveis de lutas populares; 3) Miséria absoluta e cultura da violência generalizada, que devemos compreender a inserção de favelados nas fileiras de lutas estudantis, que muitas vezes lhe era estranha por ter um enfoque pequeno burguês, e suas contradições.
  Dentro desse processo contraditório, nós da RECC acreditamos ser impossível assegurar o Passe Livre estudantil sem a profunda inserção dos setores mais explorados e coagidos da sociedade: a juventude pobre/negra e semi-escolarizada das favelas dos grandes centros urbanos. Entretanto, é evidente, somos contra as práticas de roubos/furtos dentro de manifestações políticas, mas não podemos criminalizar a priori, e sim procurar compreender, e resolver, essas contradições através do trabalho de base e da formação política.
O QUE FAZER?!
  O protagonismo desse setor e esses novos elementos ainda são recentes, de tal modo que se por um lado estamos desbancando o modus operandi de manifestação burocrática-reformista, que não tem impacto nenhum na sociedade, por outro, ainda estamos construindo, com acertos e erros, uma nova cultura de mobilização de rua.
  Historicamente a esquerda tradicional desprezou a camada mais pauperizada do povo, denominando-a de lúpem e desconsiderando o seu potencial político. Na atual conjuntura de Fortaleza, como demonstramos, é impossível pensar uma grande mobilização sem a aglutinação desse setor.
  É preciso ir além da participação desse setor nos atos políticos, é preciso se organizar, estimular a politização das torcidas organizadas, a organização por bairro/região/favela. Somente trabalhando a solidariedade, união e organização dos setores explorados podemos juntos enfrentar o Capital/Estado.
  O Fórum Permanente Pelo Passe Livre/FPL é um espaço que a RECC, junto com outros setores, ajudou a formar há mais de um ano. Impulsionando Comitês pelo Passe Livre em escolas, cursos universitários públicos, particulares e em bairros. É preciso que organizemos Comitês nas favelas, torcidas organizadas e demais setores populares, essa é a única saída para enfrentarmos a despolitização e disseminar o sentido político das manifestações.
UM DCE LARANJA E AMARELO
  Entretanto vários problemas se apresentam no processo de organização das bases e consequentemente do trabalho de consciência e formação da juventude marginalizada das favelas.
  Há de se destacar que apesar do Fórum Permanente Pelo Passe Livre ser o organismo central de mobilização das lutas pelo Passe Livre em Fortaleza, apenas a a RECC e a pequena corrente trotskista do POR, em conjunto com valorosos estudantes independentes constroem o Fórum.
  Mas, nos dias dos atos aparecem várias entidades, em especial o DCE-UFC (Anel, Rua), e de laranja, ou amarelo, projetam-se como organizadoras do ato se colocando inclusive como direção dos mesmos, sem nenhum processo de mobilizações nas escolas e universidades.
  O oportunismo atrapalha aqueles que sistematicamente fazem o trabalho de base, principalmente nas escolas e secundariamente nas universidades, até porque, contraditoriamente, o reformismo do DCE-UFC, apesar de compor os atos do Fórum, constrói ao mesmo tempo uma campanha de difamação do mesmo ao invés de procurar disputar sua política internamente. Esse processo de boicote ativo mina nossa mobilização, incutindo que esse setor, possível aliado, converte-se, esporadicamente em um entrave na luta dos estudantes e na mobilização popular.
  Nós da Oposição Classista e Combativa ao DCE-UFC, compreendemos que é fundamental mobilizar os estudantes da nossa Universidade, construir mais comitês do Passe Livre, como na Pedagogia, realizar plenárias e assembleias para debatermos o problema do transporte público na UFC, o que não ocorre.
  Mas a construção dessa mobilização na UFC incita a construção de outros organismos de bases em outros campos, como a construção dos Comitês pelo Passe Livre nas favelas, impulsionando à auto-organização dos favelados. É com esse intuito que a OCC convoca a construção de uma plenária para discutir o Passe Livre na UFC.


SEM PASSE LIVRE, NÃO VAI TER COPA!
PASSE-LIVRE OU REBELIÃO!
IR AO COMBATE SEM TEMER OUSAR LUTAR OUSAR VENCER!
NÃO É NADA MAL, PARAR A COPA COM GREVE GERAL!

CONVIDAMOS TODOS OS ESTUDANTES À PLENÁRIA:
FORTALECER A LUTA PELO PASSE LIVRE NA UFC
30 DE MAIO ÀS 17H NO CH2 – PÁTIO DA HISTÓRIA

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

TRINCHEIRA ESTUDANTIL COMO O GOVERNO E OS CAPITALISTAS DESTROEM A EDUCAÇÃO PÚBLICA?

COMO O GOVERNO E OS CAPITALISTAS DESTROEM A EDUCAÇÃO PÚBLICA?
Uma medida central do governo para o desmonte da educação pública foi o Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). O REUNI através de sua falsa expansão aumenta significativamente o número de estudantes na universidade, porém sua estrutura e número de professores e servidores continuam o mesmos, refletindo-se na superlotação dos RU’s, número reduzido de bolsas, falta de vagas nas residências universitárias, sobrecarga e ineficiência do atendimento médico e odontológico. A expansão sem qualidade ofertada pelo REUNI, que aumentou o número de estudantes sem melhorar a estrutura da universidade e nem oferecer a devida assistência estudantil, foi também extremamente sofrível para os trabalhadores de nossa universidade, pois não foram realizados mais concursos para suprir a carência de novos servidores. No ano em que foi implementado o REUNI os estudantes foram contra ele e ocuparam diversas reitorias pelo Brasil como forma de pressionar a retirada dele.
O novo Plano Nacional de Educação (PNE), que traça metas e estratégias governamentais para os próximos 10 anos (2011-2020), dá continuidade ao último decênio ( 2001-2010), e ao PDE de 2007, documento guia do programa neoliberal "todos pela educação". No ensino superior, o PNE-2011 prevê a massificação sem qualidade para a obtenção de ganhos quantitativos, garantindo o lucro do setor privado, numa lógica mercadológica. O exemplo disso é a continuidade das reformas da educação superior. Sistemas de financiamentos, que endividam os estudantes pobres, aprovação automática para uma maior rotatividade de vagas, investimento na formação tecnológica para o mercado, uso da EaD, etc. Principalmente para as licenciaturas, a EaD (cujos números se multiplicaram no governo Lula) aparece como uma grande cartada: de baixo custo, massificado, eficaz e flexível, é a nova tática do governo para aumentar quantitativamente a formação de professores, sem a qualidade necessária, já tão reduzida no ensino presencial.
A privatização sistemática da Educação facilita a mercantilização da mesma, abrindo espaço para o investimento de um capital privado voltado para as demandas do mercado de trabalho. Isso quer dizer que o caráter essencial da universidade (formação com conhecimentos integrais e críticos) está se perdendo dia após dia. A universidade, no final das contas, se torna apenas um centro formador de mão de obra barata e qualificada que atenderá as demandas de um mercado de trabalho cada vez mais precarizado e excludente. A consequência dessa privatização é a precarização do ensino. Que está sendo e será cada vez mais forte, na medida em que afetam não só os estudantes, mas também o corpo docente formado por um contingente cada vez menor de professores efetivos e maior de professores temporários, com poucos concursos públicos, além de outros trabalhadores precarizados ligados à Educação, como é o caso dos terceirizados.
Corte de verbas, falta de assistência estudantil (moradia, restaurantes, bibliotecas, bolsas de estudo), professores precarizados, ausência de participação estudantil nas instâncias deliberativas da universidade, ensino mercadológico, enfim, estes são só alguns dos graves problemas enfrentados pelo Movimento Estudantil, e que requerem um nível maior de mobilização de estudantes combativos, rumo a uma educação popular, a serviço da classe trabalhadora, de direito e de fato. Não se engane, os mecanismos de mercantilização do ensino: REUNI, NOVO ENEM/SISU, PROUNI, PNE e tantas outras reformas educacionais responsáveis pela precarização da educação e dos estudantes estão por trás destas problemáticas.
A tradição de luta dos estudantes
Precisamos lembrar que essas medidas que destroem a educação pública não começaram hoje. Desde os acordos entre o Ministério da Educação (MEC) com a agência do imperialismo norte-americano USAID nos anos
1960, que o governo e os capitalistas tentam destruir a educação pública, impedindo que o povo tenha acesso a uma educação digna. E desde essa época (e antes também) que os estudantes tem ido às ruas ao lado dos trabalhadores lutar contra essas medidas e defender uma educação que sirva aos interesses do povo e não dos empresários e do imperialismo. Os estudantes sempre tiveram presentes nas lutas do povo brasileiro, ao lado dos camponeses e operários, gritando e defendendo nas ruas os direitos dos trabalhadores. Exemplo histórico foi a
resistência feita pelos estudantes durante a ditadura civil-militar no Brasil contra a repressão dos militares, da burguesia e do imperialismo dos EUA. Muitos estudantes lutaram contra a ditadura e tombaram em defesa dos direitos do povo.

A COPA E O LEVANTE DE JUNHO
No inicio do ano passado a Juventude Brasileira se levantou indignada com os gastos da Copa que contradizia flagrantemente a falta de direitos como em saúde/ Educação e toda a problemática do sucateamento do transporte público nas grandes cidades que envolve a luta pelo passe-livre.
Esse levante foi composto em sua maioria pela juventude parte dela que estuda, a sua maioria de estudantes trabalhadora ou desempregada/proletarizada, parte dessa juventude também estuda em escolas e universidades. Entretanto não conseguimos fazer uma devida mobilização desses estudantes em nossos locais de estudo afim de potencializar não apenas as manifestações contra a copa, mas para aproveitar o período para combater a reforma universitária neoliberal do governo Dilma e a politica de precarização das escolas do Governo Cid.
Devemos superar essa apatia do ME da UFC frente ao levante popular e espontâneo da Juventude, ano passado tínhamos um DCE ligados ao governo PT/PC do B, sai ano entra ano, novo DCE, que apesar de não ser do Governo gira todas as suas forças nas eleições burguesas Psol/Pstu. Acreditamos que nesse ano de 2014, que pode surgir novos ciclos de lutas, devemos fundir a luta popular com a luta estudantil por local de estudo, combatendo tantos as reformas neoliberais do governo Dilma/Cid como os reformistas que queremos nos iludir via eleições.
Para tanto precisamos organizar assembleia em cada campi onde estudamos, para relacionar os problemas específicos de cada espaço universitário com a luta por direitos nesse período, assim reafirmamos a o grito que ecoa nas ruas: Se não tem direitos, não vai ter copa! E convocamos todos os estudantes sinceros, que defendam uma educação à serviço do povo a fazer o mesmo conosco.
A OCC convoca todos os estudantes que enxergam os problemas da universidade para construírem um Movimento Estudantil combativo, com um corte reivindicativo totalmente a favor da classe trabalhadora, tendo na ação direta e organização de base seus principais instrumentos táticos de luta. É somente através da luta que arrancaremos nossas conquistas, a exemplo do RU noturno, conseguido através da luta de todos os estudantes da UFC.

OS ESTUDANTES E AS LUTAS HISTÓRICAS DA CLASSE TRABALHADORA
O mito da libertação da mulher é sustentado a todo momento pela burguesia, a entrada no mercado de trabalho, a dupla jornada de trabalho que resultou disso. O dia internacional da mulher trabalhadora é minimizado pela mídia, onde se prega uma mulher consumista, burguesa e que ajuda na fomentação a da mulher fútil e desapegada, que precisa de flores e carinho, tirando de foco seu real significado para a mulher proletária. Esse dia não é da mulher burguesa exploradora de nossa classe, esse dia é um dia de luta pelos direitos da mulher trabalhadora, duplamente oprimida na sociedade capitalista.
Temos ainda neste mês outra data muito significativa para a classe trabalhadora, no dia 28 de Março, há 46 anos atrás, tomba em luta contra a ditadura o primeiro estudante vítima da repressão. Temos então a tarefa de não deixar essa data se perder, nesse ano de luta contra a copa em que a classe burguesa comemora 50 anos do golpe da ditadura civil-militar, nós estudantes combativos devemos trazer a tona o debate sobre a ditadura que vivemos ontem e hoje, a repressão das manifestações, as inúmeras leis que vieram e ainda estão vindo para a criminalização dos que lutam por justiça.

O QUE É A OPOSIÇÃO CLASSISTA E COMBATIVA AO DCE/UFC?
A Oposição Classista e Combativa (OCC) ao DCE/UFC é uma organização de base que reúne estudantes de diversos cursos da UFC. A Oposição se propõe a lutar pelas reivindicações dos estudantes por uma universidade que sirva a classe trabalhadora e aos seus filhos. Por isso luta ao lado dos trabalhadores da universidade (servidores e terceirizados) para alcançar seus objetivos. Para isso, propomos a ação direta contra a ofensiva neoliberal e governista que se dá hoje na Educação. E que a combatividade, o protagonismo estudantil, o classismo e o anti-governismo sejam as nossas palavras e ações de ordem. A Oposição Classista e Combativa é filiada a Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC), uma corrente do movimento estudantil, que nasceu em 2009 durante o Congresso Nacional de Estudantes numa plenária que reuniu militantes do movimento estudantil de vários lugares do Brasil (RJ, DF, CE, SP, RS, GO). Atualmente possui uma atuação organizada nos movimentos de curso (Ciências Sociais, Geografia, Serviço Social, Pedagogia), universidades e escolas secundaristas. Durante esse pouco tempo de existência, a RECC construiu uma rede de oposições e coletivos estudantis para combater o governismo, representado pelas entidades pelegas UNE e UBES.
Acreditamos que é fundamental reorganizar o movimento estudantil sob um programa anti-governista (contra as políticas neoliberais do Governo Lula-Dilma), classista (a luta dos estudantes deve estar relacionada as demais lutas da classe trabalhadora) e combativo(somente a ação direta poderá conquistar nossas reivindicações).


CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO!
PELA REORGANIZAÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL PELA BASE!
ABAIXO OS PROGRAMAS NEOLIBERAL DE DILMA/PT PARA A EDUCAÇÃO!
CONSTRUIR UMA UNIVERSIDADE A SERVIÇO DO POVO, CONSTRUIR A UNIVERSIDADE POPULAR!
A LUTA DA MULHER É A LUTA DO POVO E A LUTA DO POVO É A LUTA DA MULHER!
28 DE MARÇO, DIA DE LUTA DOS ESTUDANTES: PARALIZAR AS ESCOLAS E UNIVERSIDADES EM MEMÓRIA E JUSTIÇA AOS MORTOS PELA DITADURA.
NÃO ESQUECEMOS, NEM PERDOAMOS! EDSON LUÍS VIVE!
NÃO TEM DIREITOS? NÃO VAI TER COPA!
IR AO COMBATE SEM TEMER! OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!

OCC CONVIDA AO DEBATE: LUTAS DE MARÇO
DIA 12 DE MARÇO ÀS 18H NO CH2 UFC – PÁTIO DA HISTÓRIA

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Imediatismo e parlamentarismo estudantil: elementos constitutivos das últimas gestões do DCE/UFC

Desde que os grupos hegemonizados pelo PSOL (antigo Amar e Mudar as Coisas/Toda Voz) assumiram o DCE da UFC no ano de 2009 em conjunto com PSTU, Consulta Popular e PCR, muita expectativa de luta foi criada, tendo em vista que as reivindicações dos estudantes de base eram muitas, pois estávamos em pleno período de aplicação do REUNI.

Entretanto, após sucessivas gestões realizadas por “frentes de esquerda” ligados ao PSOL e PSTU, as mobilizações sempre se encontraram desfalcadas porque de 2 em 2 anos esses mesmos grupos, que compuseram o DCE, sabotaram/paralisaram as lutas para realizar as campanhas eleitorais de seus respectivos partidos (tal fato foi muito notório nas Greves das Federais em 2012, em que vários estudantes simplesmente se retiraram das atividades de greve por conta das eleições para prefeito e vereador). Trata-se portanto de um “parlamentarismo estudantil”, que se caracteriza pela reprodução da política parlamentar no interior do ME. Ele possui uma ala governista (UNE, UBES) e outra paragovernista (Oposição de Esquerda da UNE, ANEL). Na questão de qual método de ação usar, o parlamentarismo estudantil opta pelos meios legalistas dos mecanismos antidemocráticos das Reitorias e das audiências públicas, que não possuem poder deliberativo, e do apoio a parlamentares e da disputa de mandatos (fazendo do ME palanque eleitoral), o que coloca os estudantes como espectadores à espera das ações dos parlamentares, ao invés da ação direta, que nos coloca como protagonistas dos acontecimentos. O parlamentarismo opta pelos espaços institucionais burgueses, ficando preso aos limites impostos pelo Estado. Devemos então optar pela ação direta estudantil, por meio das manifestações de rua, piquetes e ocupações, também atuando politicamente nos espaços de base dos estudantes, como os coletivos de curso, oposições, CAs, DAs, CEBs e congressos estudantis. 

Tais questões citadas acima ocorrem porque os elementos parlamentaristas e imediatistas são uma constante na estratégia de atuação dos coletivos estudantis ligados ao PSOL, como é o caso do atual Rompendo Amarras. Devemos entender esses elementos a partir da gênese política de tal partido. Esses coletivos surgem orientados nos marcos do reformismo de uma organização oriunda de um racha de cúpula do PT. Desse modo o PSOL, apesar de não compor organicamente o governo, reproduz bandeiras do governo petista nos movimentos sociais, por exemplo, indo a reboque das bandeiras governistas como os “10% do PIB para a Educação” e a participação nos organismos tripartites (que juntam governos, empresários e trabalhadores) como a CONAE. Caracteriza-se assim como um partido “paragovernista”. Da mesma forma os coletivos estudantis do PSOL acabam reproduzindo essa política semigovernista no interior do Movimento Estudantil.

Entre a esquerda e a direita: falsa polarização na atual eleição para DCE

A polarização entre “esquerda ou direita”, colocada na maioria das vezes de maneira simplista e oportunista, começou a apresentar muitos de seus limites a partir do ciclo que se inicia com a chegada do PT ao governo federal. Existem grupos identificados como esquerda que estão no governo, ou ainda outros que reproduzem as mesmas bandeiras dele, como é o caso do paragovernismo. A política do medo propagada pela Anel/Rompendo Amarras, mostra-se como um recurso discursivo que tenta criar apoio a sua chapa não pelo conteúdo de seu programa, mas pela necessidade de barrar a “direita” (que seriam os movimentos ligados ao PT/PCdoB principalmente). O critério pelo qual devemos analisar a Chapa 5 (Amanhã vai ser maior) é a avaliação de seus períodos nas gestões do DCE, e não simplesmente por conta de um suposto crescimento da “direita”. Quando resta apenas a política do medo, tendo como base o “crescimento da direita” enquanto arma para angariar apoiadores e votos, o que sobra é a demonstração de uma fragilidade programática e estratégica, que o paragovernismo não conseguiu superar.

Isso não quer dizer que não exista de fato setores desmobilizadores a mando do governo. A última gestão do DCE (UJS/UNE), que se elegeu no ano passado a partir de urnas fraudadas, prova tal fato.

A última gestão governista de nosso diretório central se manteve afastada das lutas estudantis e sociais nos últimos anos, só aparecendo ocasionalmente para disputar eleição. Isso não foge aos seus princípios, pois está de acordo com sua prática aparatista, ou seja, só querem o aparato do DCE, apesar de não terem construído luta alguma. Já estiveram na direção do DCE entre os anos 2006-2009, e posteriormente neste último ano, e durante todos esses períodos colaboraram de maneira subalterna com a Reitoria, na defesa de políticas precarizantes da educação do governo do PT. A Chapa 2 (Há quem cante diferente) representa o que há de mais atrasado no movimento estudantil brasileiro. Ela será incapaz de combater as políticas educacionais precarizadoras do governo Dilma e continuará a barrar as mobilizações estudantis, já que tem o rabo preso com o governo federal, recebendo milhões nesses últimos anos via Congresso da UNE (esta que é chamada de “Ministério da Juventude”).

Governismo x antigovernismo no Movimento Estudantil: a maneira mais coerente de travar a luta

Nós da RECC, através da OCC (Oposição Classista e Combativa ao DCE/UFC) já afirmamos o quanto, na atual conjuntura, o discurso “esquerda X direita” se demonstrou obsoleto. Isso se dá pelas condições especificas abertas pelos Governos Lula/Dilma que operaram uma transição pacífica dos movimentos sociais para a esfera governista (UNE, CUT e parte do MST). No ciclo atual, a real polarização se dá entre governistas e antigovernistas. Assim, devemos identificar quais são os movimentos de trabalhadores e estudantes que fazem uma política independente do governo e quais não fazem. Propomos a saída antigovernista, e portanto temos todo um caminho de desafios para construir as futuras conquistas estudantis. 

Criar uma alternativa de luta: construir a Oposição Classista e Combativa

O governismo se combate a todo momento, estando ele na direção ou não das entidades, independente das épocas de eleição. A pergunta é: conseguirão os membros da Chapa 5 (Amanhã vai ser maior) combater de maneira séria o governismo apenas por meio de uma direção do DCE? Ou se confundirão com essa “direita” que agora julgam necessário combater?

Para concluir, fazemos um chamado a todos os estudantes sinceros que não se sentem representados pelas duas chapas em disputa a discutir nosso programa e a construir um movimento estudantil pela base e combativo.

Construir o movimento estudantil antigovernista, classista e combativo! Construir a Oposição Classista e Combativa ao DCE/UFC!


Não vote, lute! Impulsionar assembleias intersetoriais entre estudantes, professores, servidores, terceirizados e comunidade para intervir na universidade!

sexta-feira, 14 de junho de 2013

FORMAÇÃO POLÍTICA 13.07.13

As inscrições para a formação política "História e Estrutura das Organizações de Base do Brasil e do Mundo" só poderão ser feita até dia 05 de julho/2013 por questões logísticas!

A ficha de inscrição deverá ser preenchida e enviada ao e-mail oposicaoufc@gmail.com
Ficha de Inscrição AQUI

ATENÇÃO! Já está disponível o Caderno de Textos para a Formação Política da OCC. Boa leitura!


PROGRAMAÇÃO


Manhã: Histórico e Estrutura das Organizações de Base no Mundo


Tarde: Exibição dos Filmes: Braços Cruzados, Máquinas Paradas e A Batalha do Chile 3, O Poder Popular


Noite: Histórico das Oposições de Base no Brasil 



LOCAL: ADUFC (Av. da Universidade, 2346)
DATA/LOCAL: 13 DE JULHO A PARTIR DAS 8:00H

segunda-feira, 25 de março de 2013

28 DE MARÇO, DIA NACIONAL DE LUTA DOS ESTUDANTES!

Programação Local de Fortaleza - CE

 Brasil, Março de 2013 - Comunicado Nacional da RECC Nº13

Semana Nacional Classista e Combativa

     A Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC), realiza todo ano a Semana Nacional Classista e Combativa como forma de celebrar o dia 28 de Março: Dia Nacional de Luta dos Estudantes. Dia em que o estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto foi assassinado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro em 1968. O objetivo da Semana é realizar atividades de agitação e propaganda, relembrando a História de luta dos estudantes brasileiros e debatendo a realidade de hoje. Assim, realizaremos entre os dias 25 de Março e 1º de Abril a Semana Nacional Classista e Combativa em Brasília-DF, Fortaleza-CE, Rio de Janeiro-RJ, Goiânia-GO, Jataí-GO, Marília-SP, Campo Grande-MS e Salvador-BA. Apoie e participe! O esquecimento é a morte! A luta é a vida!

O companheiro Edson Luís vive!
Não esquecemos nem perdoamos!
Punição aos criminosos da ditadura!


De 1968 à 2013: O que a criminalização do movimento estudantil de hoje tem a ver com a morte de Edson Luís?

     O dia 28 de março, que a partir do ano de 1968 passa a ser o Dia Nacional dos Estudantes, é desde então cercado pela lembrança da morte do secundarista Edson Luís de Lima Souto. Edson foi o primeiro estudante assassinado pelas forças policiais da ditadura civil-militar quando participava de um ato no restaurante estudantil Calabouço, foco de grandes mobilizações no Rio de Janeiro,  reivindicando melhores condições de assistência estudantil, quando os militares entraram metralhando os estudantes que ali manifestavam. A comoção de nacionalizou rapidamente. Mas tal acontecimento nos remete a uma discussão ainda presente nos dias de hoje: a repressão aos estudantes em luta por melhores condições de estudo.

     Se na época da ditadura (1964 à 1989) a repressão era aberta e com o objetivo de impor o medo e “frear” os estudantes, trabalhadores e camponeses em suas lutas que se opunham às políticas do governo na época, hoje continua existir a repressão aos movimentos sociais que é mascarada por uma forte cooptação destes ao governo e ao parlamento.

     Mesmo após a “redemocratização” (eleições diretas e nova constituição), o Estado funciona como aparelho de coação da liberdade de expressão e manifestação. Desde exemplos como o massacre de Eldorado dos Carajás do Pará, onde 17 camponeses foram assassinados pela PM em 1996, até a perseguição que os 72 estudantes e trabalhadores da USP sofrem pelo Ministério Público e PM de SP  por terem  ocupado sua reitoria em novembro de 2011 contra o controle policial na Universidade e a segregação das comunidades ao redor desta. Caso recente é a violência desproporcional usada pela PM de Cuiabá para acabar com uma manifestação pacífica de estudantes da UFMT no dia 06 de Março, que protestavam contra o corte de moradias estudantis ligadas aquela universidade. Outros exemplos não faltariam.

     No entanto, alguns grupos governistas (base de apoio ao governo federal), como UNE e UBES reivindicam apenas na memória as táticas combativas do Movimento Estudantil (ME) na ditadura. Porém, condenam tais práticas na atualidade, na ilusão de que a disputa no parlamento permitida pela “redemocratização” tornaria desnecessária a preparação do ME contra a repressão do Estado. Nós da RECC entendemos que é essencial relembrar e também preservar os métodos de lutas combativos dos estudantes (piquetes, ocupações, enfrentamento direto, etc.). Não somente por que foi através da luta combativa que se conseguiu importante oposição ao regime militar, mas principalmente porque o Estado ainda opera com dinâmica de forte repressão aos movimentos sociais. E esta repressão não pode ser segurada ou superada pela atuação “domesticada” no parlamento. Assim, a vitória das pautas estudantis só podem ser obtidas pelos enfrentamentos diretos contra a ordem repressora capitalista!

Reformas na educação: ajustes para os interesses do mercado

     Para entendermos as reformas na educação brasileira, precisamos entende-la de modo geral, ou seja, como um conjunto de programas e medidas que vem modificando a educação no Brasil com o objetivo de readequá-la ao contexto relativamente novo do mercado de trabalho precarizado (sem direitos, temporário etc.).

     A implantação do Reuni nas universidades públicas causou um aumento massivo de número de vagas que não foi acompanhado nem de aumento proporcional em investimentos na estruturas, e nem na contratação de mais professores e servidores. Além disso, propunha a criação de cursos de menor duração e uma extrema especialização através de junções de cursos ocasionando currículos “enxutos”. Junta-se a isso a implantação do Prouni, que isenta de impostos e transfere verba pública para bancar as bolsas “oferecidas” nas universidades privadas. Temos, assim, um quadro de desmonte do ensino público superior, dado através de formação curricular genérica e de enxugamentos dos recursos públicos na educação pública em contraste com o incentivo às privadas.

O que isso tem haver com o ensino secundarista?
     Essas reformas se dão de modo estratégico para o governo federal e são parte de uma reformulação da educação visando uma adequação desta com o mercado de trabalho. Em 2008 o governo apontou que a profissionalização do ensino médio devia dar-se a partir dos 4 eixos: ciência, cultura, trabalho e tecnologia. Neste contexto foram desenvolvidos alguns projetos “experimentais” desta proposta, dentre eles o Ensino Médio Inovador (EMI) (analisado no Avante Nº 2º). Tais medidas visam, assim como ocorreu na década de 70 na Ditadura Civil-Militar, a formação de mão-de-obra barata provinda das escolas públicas.  

     Ao lado disso temos a proposta de reformulação do ensino médio nacional com a criação de grandes eixos baseados no novo ENEM: linguagens e códigos, matemática, ciências humanas e exatas. Tal proposta visa o enxugamento do quadro de profissionais e a melhoria maquiada dos índices governamentais (IDEB e SAEB), a custo da diminuição do conteúdo e da aprovação automática. Dessa forma o governo prepara a unificação do ensino médio ao técnico prevendo a parceria-público-privada com o sistema S (SESC/SENAC), ao mesmo tempo em que desmonta a qualidade da educação e precariza o trabalho do professor em função das estatísticas. Esta reforma pode se expressar de diversas maneiras em sua escola e estado. Fique atento. Organize-se e lute contra a formação dos estudantes em mão-de-obra barata no mercado!

Transporte de qualidade ou rebelião!

     Reivindicar o transporte público de qualidade hoje em todo Brasil é tarefa dos estudantes do povo. Em todo o país vemos os governos e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) perpetuarem seus pactos com os mafiosos dos transporte, que concedem a estes o “direito” de espoliarem os sistemas de transportes urbanos e lucrarem em cima de um serviço essencial a todo o povo. Sendo a maioria dos estudantes filhos de trabalhadores, sabemos da enorme dificuldade que enfrentamos para nos deslocar no dia a dia não só para a escola ou faculdade, mas para o trabalho (estágios etc.), lazer, cultura ou mesmo ir a uma biblioteca. Sabendo dos diversos aumentos de tarifa em várias capitais brasileiras, do descaso propositado dos governos, não podemos aceitar calados essas situações! Assim, ou há transporte de qualidade, ou haverá REBELIÃO!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Comunicado aos calouros de 2012: Lutar, criar Universidade Popular!

Comunicado aos calouros de 2012
Lutar, criar Universidade Popular!

Oposição Classista e Combativa ao DCE/UFC – março de 2012 – Fortaleza – oposicaocc.blogspot.com



A todos os recém-ingressos da UFC,
a todos os ex-estudantes de escolas públicas que
foram obrigados a se sujeitarem ao processo massacrante e
competitivo do ENEM para terem oportunidade de cursarem o Ensino Superior.
A todos os estudantes-trabalhadores e filhos de trabalhadores que terão diante de si os desafios de uma
Universidade pública cada vez mais precarizada e excludente.



Que universidade encontrarão os calouros de 2012?

O ano letivo nas universidades brasileiras mal começou e os estudantes e trabalhadores já terão de arcar com os repasses da crise econômica internacional jogados nas costas do povo. Isso porque o governo Dilma/PT já anunciou no dia 15 de fevereiro mais um corte inicial de R$ 1,93 bilhão na Educação. Somado ao corte de 3,1 bilhões realizado pelo governo federal no ano passado, teremos um total de 5,03 bilhões retirados da educação brasileira em apenas dois anos de governo Dilma/PT/PMDB.
Para nós, estudantes reunidos na OCC (Oposição Classista e Combativa ao DCE/UFC), está claro que o que acontece atualmente é um verdadeiro desmonte na Educação pública no Brasil, em todos os níveis e em todas as categorias, seja para quem usufrui do ensino (estudantes), seja para quem trabalha nele (professores, servidores e trabalhadores em geral). Esse desmonte vem para atender as demandas de reprodução do sistema capitalista, para enriquecer banqueiros, industriais e governos com o sangue e o suor do povo trabalhador.


Como o governo e os capitalistas destroem a educação pública?

Uma medida central do governo para o desmonte da educação pública foi o Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). O REUNI através de sua falsa expansão aumenta significativamente o número de estudantes na universidade, porém sua estrutura e número de professores e servidores continuam o mesmos, refletindo-se na superlotação dos RUs, número reduzido de bolsas, falta de vagas nas residências universitárias, sobrecarga e ineficiência do atendimento médico e odontológico. A expansão sem qualidade ofertada pelo REUNI, que aumentou o número de estudantes sem melhorar a estrutura da universidade e nem oferecer a devida assistência estudantil, foi também extremamente sofrível para os trabalhadores de nossa universidade, pois não foram realizados mais concursos para suprir a carência de novos servidores. No ano em que foi implementado o REUNI os estudantes foram contra ele e ocuparam diversas reitorias pelo Brasil como forma de pressionar a retirada dele.

O novo Plano Nacional de Educação (PNE), que traça metas e estratégias governamentais para os próximos 10 anos (2011-2020), dá continuidade ao último decênio ( 2001-2010), e ao PDE de 2007, documento guia do programa neoliberal “todos pela educação”. No ensino superior, o PNE-2011 prevê a massificação sem qualidade para a obtenção de ganhos quantitativos, garantindo o lucro do setor privado, numa lógica mercadológica. O exemplo disso é a continuidade das reformas da educação superior. Sistemas de financiamentos, que endividam os estudantes pobres, aprovação automática para uma maior rotatividade de vagas, investimento na formação tecnológica para o mercado, uso da EaD, etc. Principalmente para as licenciaturas, a EaD (cujos números se multiplicaram no governo Lula) aparece como uma grande cartada: de baixo custo, massificado, eficaz e flexível, é a nova tática do governo para aumentar quantitativamente a formação de professores, sem a qualidade necessária, já tão reduzida no ensino presencial.

A privatização sistemática da Educação facilita a mercantilização da mesma, abrindo espaço para o investimento de um capital privado voltado para as demandas do mercado de trabalho. Isso quer dizer que o caráter essencial da universidade (formação com conhecimentos integrais e críticos) está se perdendo dia após dia. A universidade, no final das contas, se torna apenas um centro formador de mão de obra barata e qualificada que atenderá as demandas de um mercado de trabalho cada vez mais precarizado e excludente. As consequências dessa privatização é a precarização do ensino. Que está sendo e será cada vez mais forte, na medida em que afetam não só os estudantes, mas também o corpo docente formado por um contingente cada vez menor de professores efetivos e maior de professores temporários, com poucos concursos públicos, além de outros trabalhadores precarizados ligados à Educação, como é o caso dos terceirizados.

Corte de verbas, falta de assistência estudantil (moradia, restaurantes, bibliotecas, bolsas de estudo), professores precarizados, ausência de participação estudantil nas instâncias deliberativas da universidade, ensino mercadológico, enfim, estes são só alguns dos graves problemas enfrentados pelo Movimento Estudantil, e que requerem um nível maior de mobilização de estudantes combativos, rumo a uma educação popular, a serviço da classe trabalhadora, de direito e de fato. Não se engane, os mecanismos de mercantilização do ensino: REUNI, NOVO ENEM/SISU, PROUNI, PNE e tantas outras reformas educacionais responsáveis pela precarização da educação e dos estudantes estão por trás destas problemáticas.


A tradição de luta dos estudantes

Precisamos lembrar que essas medidas que destroem a educação pública não começaram hoje. Desde os acordos entre o Ministério da Educação (MEC) com a agência do imperialismo norte-americano USAID nos anos 1960, que o governo e os capitalistas tentam destruir a educação pública, impedindo que o povo tenha acesso a uma educação digna. E desde essa época (e antes também) que os estudantes tem ido às ruas ao lado dos trabalhadores lutar contra essas medidas e defender uma educação que sirva aos interesses do povo e não dos empresários e do imperialismo. Os estudantes sempre tiveram presentes nas lutas do povo brasileiro, ao lado dos camponeses e operários, gritando e defendendo nas ruas os direitos dos trabalhadores. Exemplo histórico foi a resistência feita pelos estudantes durante a ditadura civil-militar no Brasil contra a repressão dos militares, da burguesia e do imperialismo dos EUA. Muitos estudantes lutaram contra a ditadura e tombaram em defesa dos direitos do povo.


A luta continua

Diante disso, a OCC convoca todos os estudantes que enxergam os problemas da universidade para construírem um Movimento Estudantil combativo, com um corte reivindicativo totalmente a favor da classe trabalhadora, tendo na ação direta e organização de base seus principais instrumentos táticos de luta. É somente através da luta que arrancaremos nossas conquistas, a exemplo do RU noturno, conseguido através da luta de todos os estudantes da UFC.

– Contra a privatização da Educação!
– União de estudantes, professores, servidores e terceirizados para defender a educação!
– Pela reorganização do movimento estudantil pela base
– Barrar os ataques do governo e do capital com greve geral na educação!
– Abaixo o PNE neoliberal de Dilma/PT
– Construir uma Universidade a serviço do povo, construir a Universidade Popular!


O que é a Oposição Classista e Combativa ao DCE/UFC?

A Oposição Classista e Combativa (OCC) ao DCE/UFC é uma organização de base que reúne estudantes de diversos cursos da UFC. A Oposição se propõe a lutar pelas reivindicações dos estudantes por uma universidade que sirva a classe trabalhadora e aos seus filhos. Por isso luta ao lado dos trabalhadores da universidade (servidores e terceirizados) para alcançar seus objetivos. Para isso, propomos a ação direta contra a ofensiva neoliberal e governista que se dá hoje na Educação. E que a combatividade, o protagonismo estudantil, o classismo e o anti-governismo sejam as nossas palavras e ações de ordem. A Oposição Classista e Combativa é filiada a Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC), uma corrente do movimento estudantil, que nasceu em 2009 durante o Congresso Nacional de Estudantes numa plenária que reuniu militantes do movimento estudantil de vários lugares do Brasil (RJ, DF, CE, SP, RS, GO). Atualmente possui uma atuação organizada nos movimentos de curso (Ciências Sociais, Geografia, Serviço Social, Pedagogia), universidades e escolas secundaristas. Durante esse pouco tempo de existência, a RECC construiu uma rede de oposições e coletivos estudantis para combater o governismo, representado pelas entidades pelegas UNE e UBES. Acreditamos que é fundamental reorganizar o movimento estudantil sob um programa anti-governista (contra as políticas neoliberais do Governo Lula-Dilma), classista (a luta dos estudantes deve estar relacionada as demais lutas da classe trabalhadora) e combativo (somente a ação direta poderá conquistar nossas reivindicações).


VEM AI A SEMANA NACIONAL CLASSISTA E COMBATIVA 2012

a ser realizada em março, quando debateremos a memória e as atuais lutas do movimento estudantil secundarista e universitário

NÃO ESQUECER O PASSADO PARA CONSTRUIR O FUTURO: EDSON LUÍS VIVE!